
segunda-feira, 29 de março de 2021
terça-feira, 2 de março de 2021
Dois ungidos
(1 Sm 16.14-23)
No capítulo dez e versículo seis
do primeiro livro de Samuel, lemos que Saul foi ungido rei de Israel. O
Espírito de Deus o tomou e transformou. Naquela ocasião ele também profetizou.
Samuel ainda acrescentou no versículo sete do mesmo capítulo: “Quando estes sinais se cumprirem, faze o que
achar melhor, porque Deus é contigo”.
Saul tinha autoridade e “carta
branca” com Deus. Tudo o que fizesse Deus abonaria. Porém, progressivamente, esse
homem foi perdendo o Espírito que estava nele, e, na medida que isso acontecia,
um espírito mau o possuía, substituindo nele o bem pelo mal. Suas atitudes então
começaram a causar sérios problemas.
Josefo apresenta Saul como
possuído pelo demônio, alguém que perdeu a coragem e a grandeza mental. Que se tornou
fraco e tolo, temeroso e medroso, cheio de inveja, suspeita, ira e desespero,
totalmente ao contrário do que era quando surgiu nas páginas da Bíblia Sagrada.
Champlin observa que o texto
hebraico não acrescenta a palavra “maligno” após a expressão “espírito” que
atormentava Saul, mas na septuaginta, vulgata e outras versões, como as usadas
no Brasil, aparece. Ainda acrescenta que, naquela ocasião, coisas más também
eram atribuídas a Deus, tendo como exemplo os deuses pagãos que respondiam com
maldades quando não eram agradados. A teologia dos hebreus era fraca sobre
causas secundárias, afirma Champlin. E é por isso que por vezes nos pegamos a
pensar como um espírito mau seria enviado por Deus, que é bom e justo.
Com certeza a maior parte dos
casos de possessão requer um convite da pessoa, uma brecha que se deixa ou uma
porta aberta através da degradação moral, drogas, alcoolismo e muitas coisas
que falamos sem medir consequências. Nesse caso podemos incluir Saul, o rei que
começou bem, mas a vida de violência, guerras, assassinatos e poder quase absoluto
lhe corrompeu a alma, além de ter violado propositadamente os mandamentos de
Deus. Tudo isso corroborou para o resultado desastroso da vida de Saul.
Satanás aproveita para pescar em
águas turbulentas, e a situação mental de Saul abria-lhe muitas brechas para
efetuar sua obra maligna a ponto de a situação ser evidenciada entre seus
servos, que provavelmente começaram a observar as ações do rei e estranharam
suas atitudes. Uma pessoas guiada por um mau espírito de forma alguma poderia
liderar com sabedoria
A música tem servido de grande
auxílio no decorrer da história, em casos de grande emoção, problemas mentais,
etc. Os filmes ainda hoje usam a música para influenciar os sentimentos de seus
espectadores. Cenas de filmes e novelas sem música teriam outro ou nenhum
significado para quem assiste. A música é usada inclusive nas chamadas terapias
musicais para a cura de vários tipos de enfermidades.
Os servos de Saul, sabendo
disso, propuseram a ele: envia um de seus servos a buscar alguém que toque
harpa, e logo um deles já apontou Davi e listou suas virtudes (1Sm 16.18): sabe
tocar harpa, forte, valente, homem de guerra, fala com sensatez, boa aparência,
e o Senhor é com ele.
A partir deste versículo começam
a diminuir as diferenças entre os dois ungidos (Saul e Davi), surgindo então os
contrastes. Davi, que estava na posição de pastor de ovelhas, o que não era
nenhuma humilhação, pois filhos de ambos os sexos das mais ilustres famílias
desempenhavam tal ofício devido à pouca oferta de trabalhos na época, agora
experimenta uma mudança radical, migrando de entre as ovelhas diretamente para
a corte, para junto do rei, transformando-se assim em alguém que teria a
incumbência de proporcionar paz, através da música, ao homem mais importante do
reino, tornando-se ainda o escudeiro do
rei.
Deus às vezes eleva as pessoas
diretamente ao nível que Ele deseja, assim como aconteceu com José, de
prisioneiro a governador. Com Davi foi diferente. Primeiro serviu para depois
ser servido, e serviu alguém que inclusive atentou contra a sua vida. Realmente
viveu um tempo de aprendizado, conhecendo a vida na corte, estabelecendo
alianças, amizades. E como escudeiro de Saul, Davi aprendeu a arte da guerra.
Não podemos esquecer que esse tempo, matar era uma das condições para ser um
bom rei, e nesse quesito o jovem ultrapassou o seu senhor, matando seus dez
milhares, enquanto Saul, seus milhares.
A Bíblia registra que Saul
gostou muito de Davi. Jovem era esperto, ágil, e com o auxílio do Espírito de
Deus que o havia tomado se adiantava às ordens de Saul. Sendo assim, o rei
pediu a Jessé que o deixasse ficar com ele, pois era uma excelente companhia,
principalmente nos momentos em que o espírito mau dele se apossava.
Pessoas que possuem boa comunhão
com Deus, de caráter e que têm virtudes, são excelentes para estarem perto,
para um bom relacionamento, para amizades, em especial aquelas que nos
aproximam de Deus. E Davi era essa pessoa que fez a diferença na vida de Saul.
Poderíamos tirar muitas outras
lições deste texto, mas o Espírito Santo pode te revelar mais ao ler esse
capítulo. Deus abençoe a tua vida, leitor, que o Espírito de Deus seja teu
companheiro em todos os momentos e circunstâncias, para que se cumpram as
promessas de Deus em nossas vidas, assim como aconteceu a Davi.
Pr.
Leandro da Silva
domingo, 19 de abril de 2020
Os caminhos dos homens e os caminhos de Deus

“Porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim os meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos, e os meus pensamentos são mais altos do que os pensamentos de vocês. Is 55.8-9
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