
Temos aqui o início da conclusão do conselho de Jesus aos seus
discípulos, registrado no Evangelho de São Mateus, capítulo 7, versículo 15 em
diante. Após dizer a eles que conheceriam os falsos profetas através dos frutos,
Jesus conclui com essas palavras: “Nem
todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que
faz a vontade de meu Pai, que está nos céus (versículo 21)”.
Jesus tinha a missão de deixar gravado nos corações que uma visível
profissão de fé, embora digna de nota, não basta para nos levar para o céu, a
não ser se estiver acompanhada de uma correspondente conduta. Ele estava
dizendo que fazer a vontade do Pai era indispensável para a entrada no reino de
Deus.
O verdadeiro teste do discipulado cristão é a obediência a Deus e à sua
Palavra, e isso inclui que creiamos em Cristo, nos arrependamos dos nossos
pecados e vivamos uma vida santa, amando-nos uns aos outros e a Deus sobre
todas as coisas.
O homem tende a mascarar suas atitudes. Sempre existiram e sempre existirão
aqueles que pregam o que não vivem e falam do que não acreditam, porém, dizer e
fazer são coisas diferentes, que no contexto cristão não deveriam estar
separadas.
Naquele conselho Jesus deixou registrado que para entrar no reino dos
céus é necessário fazer a vontade de Deus, e não há outra forma. Mas o Mestre
já prevê, pela sua onisciência, que o homem não vai aceitar isso facilmente: “Muitos me dirão naquele dia: Senhor,
Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos
demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas?” (versículo 22).
O homem atual está cheio de
argumentos. Não hesita em lançar mão do seu usual instrumento de retórica para
justificar seu proceder, mesmo consciente de que está errado. E “naquele dia”
não será diferente. O homem certamente não perderá a oportunidade de argumentar,
tentando “lembrar” Jesus de tudo o que fizera em Seu nome. Uns dirão que profetizaram,
outros que expulsaram demônios ou fizeram maravilhas. Entretanto, o Mestre deixa
claro que essas coisas não são garantias para a entrada nos céus, que a nossa
confiança não deve estar firmada naquilo que praticamos em nome de Jesus, mas
naquilo que realmente somos.
Eu posso ser pregador, ter
chamado, ter dons, ser reconhecido pelos milagres, pelas profecias, mas, ao
mesmo tempo, ter um caráter corrompido. Posso até indicar o caminho para a
salvação de outras pessoas, e estar desqualificado para tal. Judas também
expulsou demônios. No entanto, era filho da perdição.
Jesus testemunhou sobre João
Batista, dizendo que não houve profeta maior que ele, que embora João não
tivesse realizado nenhum milagre, pregou e viveu a verdade, por isso está no
céu aguardando por nós.
Os dons de línguas, de cura,
milagres, maravilhas, podem recomendar os homens ao mundo, pode abrir portas
para convites, pode levar pessoas a um elevado nível religioso, mas somente a
verdadeira piedade e a santidade serão aceitas por Deus como requisitos para
entrar no Seu reino.
A graça de Deus irá levar o homem para o céu, mesmo
sem produzir um milagre na vida de alguém. Porque o maior milagre é a
transformação do caráter humano. Observemos esses princípios, para não ouvir de
Jesus as palavras “afastai-vos de mim malditos que praticais a iniquidade!”.
Pr. Leandro Silva
Amém pastor. Creio q Deus tem buscado os seus escolhidos em lugares dirigidos por estes falsos profetas, para não se perderem com eles. Sou próva disso. Glória a Deus.
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