quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Os dois fundamentos


Essa é uma das parábolas conhecidas da Bíblia, proferida por Jesus como conclusão do Sermão do Monte para a multidão que lhe rodeava. Foi registrada por Mateus e por Lucas.
                Entendemos que Jesus não estava passando uma lição de construção civil, mas estava comparando os dois construtores, o prudente e o insensato. O prudente fez o correto, cavou fundo até achar a rocha e ali pôs o fundamento da sua casa. Em contrapartida, o insensato fez algo que ninguém faria, não pôs fundamento algum, simplesmente construiu sobre a areia.
                Imaginando as duas casas, veremos edificações iguais. As duas em cima da areia, as duas sofrendo pelo vento, pela enchente e pela chuva. Uma tinha alicerces que chegavam à rocha; a outra não; uma ruiu, a outra não.
                Jesus comparou a construtores aquelas pessoas que ouvem a sua Palavra e a praticam ou não. O homem que cavou, trabalhou e esforçou-se, experimentou o seu resultado no momento em que a sua casa enfrentou as dificuldades impostas pela natureza. O outro também viu o resultado da falta de esforço quando viu a sua casa cair.
                A vida cristã é uma constante construção. Casas fortes permanecem, e serão usadas pelos filhos, pelos netos, assim como aquelas casas grandes das famílias tradicionais, cujos construtores partiam, mas a família continuava usando.
                Casas fracas servem somente para destruição. É a isso que Jesus se refere quando compara o homem insensato com aquele que alicerça sua casa sobre a areia. Em outros termos, o Mestre está dizendo que somente ouvir a sua Palavra não basta; é preciso colocá-la em prática. Somente ouvir nos leva a destruição espiritual.
                Você sabe o tamanho do alicerce da casa ou do prédio em que você reside? Quando olhamos os arranha-céus das praias, podemos imaginar o tamanho da fundação. Quanto tempo ficaram os trabalhadores edificando os fundamentos? Será que vale a pena tanto esforço, já que ninguém pode ver? Não seria melhor investir na arquitetura, no material ou na decoração do prédio do que naquilo que vai ficar oculto?
                Assim é a vida cristã. Para termos bons fundamentos, nos custará tempo, esforço, dedicação, leitura, oração, jejum e consagração. E é bom esclarecer que ninguém vai elogiar os teus momentos a sós com Deus. Entretanto, quando vier a tempestade, você verá o quanto é bom estar fundamentado em Jesus Cristo, a Rocha Eterna.
                Se você se identificou com a casa sem fundamentos, abandona ela, porque, quando vierem as chuvas e os ventos, ela vai cair, e você vai se machucar, a tua família vai sofrer.
                Comece uma nova casa ainda hoje. Mas não deixe de cavar fundo, até encontrar a Rocha.

Pr. Leandro Silva

terça-feira, 27 de novembro de 2018

O cristão autêntico produz frutos


               
No Evangelho de João, capítulo 15 e versículo 5, lemos: Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.
                A Bíblia não revela o local onde Jesus estava quando proferiu essas palavras, mas sabemos que a uva era muito usada nos dias de Jesus, nos casamentos era servido vinho, nas casas se tomava a bebida. Em um episódio antes da sua crucificação, o Mestre comparou seu sangue ao vinho. São provas de que a videira era muito conhecida naqueles dias.
                A função de uma vinha é produzir frutos. Para isso, o lavrador deve cultivar videiras de qualidade, e, nessa busca pelo fruto excelente, algumas coisas devem ser feitas. No versículo dois há referência ao ato de limpar toda vara que dá fruto, para que a videira dê mais fruto. No mínimo uma vez por ano, a videira passa pela poda, quando o lavrador corta as varas, deixando-as mais curtas, para que a videira tenha energia suficiente para produzir frutos mais bonitos. Isso é a limpeza que fala o versículo três.
                Quando o Mestre fala “vós já estais limpos pela Palavra que vos tenho falado”, Ele está dizendo que a sua Palavra limpa as varas, tira aquilo que impede a boa produção, assim como cada vez que interagimos com a Palavra de Deus, seja lendo, ouvido ou meditando, ela está em pleno trabalho em nossas vidas, ela nos limpa, nos faz pensar e agir diferente, e os frutos começam a aparecer. Você é uma vara. Se está dando frutos, deixa a Palavra continuar limpando para que dê ainda mais frutos.
                Ainda no versículo dois, Jesus fala que toda vara que nele não dá frutos, o lavrador, que é Deus, a tira. Nenhum vinhateiro deixará um galho seco ligado a uma videira. Ao passar fazendo a poda, notará as varas ressequidas, degeneradas, infrutíferas, e cortará fora, pois não há necessidade de estar ali, sendo que no seu interior já não recebe a seiva que vem da videira.
                Com essa metáfora, Jesus está ensinando seus discípulos que a vara sozinha não produz nada, a vara em si mesma não pode dar fruto. Poderíamos experimentar cortar um galho da videira e aguardar que produza algo; é obvio que não produzirá nada. Essa foi a lição aplicada por Jesus: “Eu sou a videira, e vós as varas; quem está em mim, e eu nele, este dá muito fruto, porque sem mim nada podeis fazer” ( v 5). Para produzirmos, precisamos estar  ligados nEle, deixar que a essência do evangelho de Jesus Cristo circule em nós. É o que diz o versículo 4. “Eu em vós”. Então veremos nossas vidas produzirem frutos dignos de arrependimento, porque sem Ele, nada podemos fazer.
                O fruto que devemos produzir diz respeito à manifestação do nosso cristianismo entre os homens. Esses frutos devem glorificar a Deus e, para finalizar, deixo a seguinte pergunta: As suas atitudes glorificam a Deus?

Pr. Leandro Silva