
domingo, 19 de maio de 2019
terça-feira, 7 de maio de 2019
Como nos dias de Noé

Analisando bem o
texto, podemos nele enquadrar a maioria dos cristãos atuais. Todos creem no
arrebatamento, entretanto não acreditam que somente serão arrebatados os que
estiverem vigilantes e preparados para o momento mais importante da igreja, e,
se acreditam, suas atitudes não reforçam essa ideia. Basta observar suas vidas,
suas redes sociais, seu vocabulário e a forma como se comportam na igreja,
quando vão.
Naqueles dias havia
algo que impediu que o povo acreditasse na mensagem de Noé. Não por acaso Jesus
associou aquele acontecimento com o arrebatamento. Os livros teológicos apontam
quatro motivos que levam à descrença na mensagem de Cristo, tornando o modo de
vida dos crentes atuais muito semelhante ao comportamento do povo nos dias do
dilúvio. São eles: carnalidade, mundanismo, ignorância humana e falta de
prontidão.
Carnalidade
corresponde aos apetites do corpo, ou seja, a tudo o que se contrapõe ao que é
espiritual. Ser carnal é estar em uma posição antiespiritual, que separa o
homem de Deus. Carnalidade também é a sensualidade e lascívia. Essas coisas têm
tirado muitas pessoas da presença de Deus, seja pelo modo de agir, vestir ou
pensar, muitas vezes sem achar que está errado perante Deus.
O mundanismo, muito
falado nos púlpitos das igrejas, é a perda dos valores cristãos e a pressão
sofrida pelos crentes à ilusão do secularismo que, através de conceitos,
comportamentos e práticas anticristãs, tem se infiltrado na igreja, fazendo com
que os cristãos sejam influenciados pelo mundo, quando deveria ser ao contrário.
O secularismo no simples modo de pensar é um estilo de vida que se inclina para
o profano, deixando de lado o que é sagrado.
A ignorância humana
é a falta de entendimento daquilo que se conhece; não é que o homem não saiba,
mas é o agir como se não soubesse. Significa simplesmente ignorar que o
arrebatamento um dia acontecerá, mesmo conhecendo as profecias.
A falta de
prontidão é o descaso, a falta de preocupação. Para sermos bons soldados,
precisamos estar sempre em prontidão. Lembremo-nos das virgens loucas da
parábola de Jesus. Elas estavam com as prudentes, porém despreparadas, até que chegou
o momento em que o tempo acabou.
Nos dias de Noé, os
homens eram insensíveis às profecias. E o que vemos na atualidade? Tudo o que
se refere à volta de Jesus é ignorado, porém qualquer profecia que aponte uma
melhora na vida terrena, como bênçãos financeiras, bênçãos ministeriais ou
sucesso no casamento, é muito bem vinda. Essas coisas são boas, são excelentes
e não são pecado, mas estão tirando o foco principal, que é a preparação, a
vigilância.
O versículo 38 nos
leva a entender que havia uma falta de respeito à mensagem de Noé. Mesmo
ouvindo a pregação, o povo continuava na carnalidade, no mundanismo, e ignorando
suas palavras. Não havia temor, não aceitavam a repreensão.
Nesta semana
circulou uma frase nas redes sociais que dizia: “No passado o pastor pregava a
verdade e as pessoas mudavam de vida; hoje elas mudam de igreja”. Isso define
muito bem o que acontecia nos dias de Noé.
O teor do versículo
bíblico que mencionei acima registra que as pessoas “comiam, bebiam, casavam-se
e davam-se em casamento”. Então pergunto, qual o erro dessas práticas? Onde
está o pecado ao comer, beber e se casar? A mensagem que Jesus queria passar
era de que eles estavam vivendo uma vida normal e secular, ignorando a Deus e
as palavras de Noé. Parece que seria mais lógico se Jesus tivesse dito que
enquanto Noé construía a arca o povo matava, roubava e se prostituía. Porém
Jesus quer nos dizer que apenas levar uma vida normal significa não estar
preparado. O Senhor exige mais do que levar uma vida normal, apenas não
cometendo pecados. Exige que estejamos vigilantes, tendo comunhão com Deus. São
as práticas que achamos não ser pecado que estão nos tornando crentes mundanos
e carnais.
Vivemos tempos em que
as coisas lícitas estão nos destruindo, e nós achamos correto. A terra estava
cheia de violência, de crimes hediondos, assim como acontece hoje. Aliás, nós
criamos níveis de pecados, nos autoenquadramos em menos pior, melhor que os
outros, nem tão pecador, e achamos que assim seremos salvos. Ficamos na
dependência da misericórdia de Deus, da bondade de Deus, e esquecemos que Deus
é justo, e que no céu não entra pecado.
O versículo 39 diz que “eles não perceberam”. Até
quando congregaremos com pessoas desapercebidas? Que estão há três ou quatro
décadas dentro da igreja, perdendo tempo, perdendo os prazeres do mundo, e não
alcançarão o gozo eterno? A vergonha de confessarem seus erros é que os
tornaram céticos.
É preciso alertar essa geração que cultua conosco,
evangeliza conosco, chora conosco, mas segue destino eterno diferente. O
arrebatamento será surpreendente, assim como aconteceu no dilúvio. Talvez houvesse
pessoas que acreditassem, entretanto, por não estarem preparadas, foram levadas
pelas águas.
Ainda há tempo. Deixe de lado tudo o que te
distancia do Senhor, esteja preparado, pois a porta da arca ainda está aberta.
Pr. Leandro Silva
segunda-feira, 25 de março de 2019
O tribunal de Cristo

Paulo escreveu assim aos irmãos de Corinto: “Pois todos nós
devemos comparecer perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba de
acordo com as obras praticadas por meio do corpo, quer sejam boas quer sejam
más...” (2
Cor 5.10 – NVI). Portanto, é clara a informação. Ninguém está isento dessa
etapa, inclusive aqueles que já partiram. E continua o Apóstolo: “...os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.
Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas
nuvens, a encontrar o Senhor nos ares... (1 Tess 4.16-17). Este não é o julgamento
final, naquele somente as pessoas condenadas participarão, neste somente
salvos.
A Bíblia não revela informações
que muito gostaria de afirmar aqui. Por exemplo, o que receberemos nesse
julgamento? Qual a recompensa das nossas boas obras? E qual a sentença das
obras más?
Encontramos textos sagrados que
falam das coroas que aguardam os crentes: Coroa da glória (1 Pe 5.4), Coroa da
vida (Tg 1.12), Coroa incorruptível (1 Cor 9.25), e Coroa da Justiça (2 Tm 4.8).
A Bíblia também nos fala de galardão: “... e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a
sua obra” (Ap 22.12). Há quem pense que receberemos algo palpável, um
objeto lindo, de ouro, ou uma coroa cravejada de pedras preciosas. Mas eu
continuo perguntando: o que será que receberemos? Enfim, é mais lógico pensar
que não receberemos objetos. Estaremos nas mansões celestes, e nossos objetivos
não serão riquezas que a traça ou a ferrugem possam consumir, mas objetivos
espirituais e eternos.
Não pense que o Justo Juiz irá
levar em conta nossos títulos terrenos, como pastores, pregadores, cantores,
teólogos, missionários etc. Ele procura fidelidade e glorificação dos seus bons
servos (Mt 25.21). Títulos não garantem galardão, muito pelo contrário, podem
diminuir as obras a serem julgadas por Ele, porque grande parte das boas obras
recebem a sua recompensa aqui mesmo, através de homenagens, elogios etc.
Ao lermos o texto registrado em
1 Cor. 3.10-15, entendemos que há uma classificação para cada obra realizada na
terra. Essas obras passarão pelo fogo consumidor, e as que permanecerem serão
aceitas por Jesus; as que se queimarem, não resultarão em recompensa alguma.
Prata, ouro e pedras preciosas correspondem ao trabalho feito com humildade e
temor, para a glória de Deus (1 Cor 10.31). Madeira, feno e palha correspondem
às obras feitas por vaidade, egoísmo para atrair honra para nós mesmos (Mt
6.2,5).
Nesse tribunal, todo cristão
será julgado. Portanto, eu e você estaremos na cadeira do réu. O Juiz é o
próprio Senhor Jesus, e as testemunhas serão as nossas obras. Fico imaginando o
que as testemunhas dirão a favor ou contra nós. O que os pensamentos irão dizer
sobre mim? O que as palavras dirão? Será que os atos ocultos da minha vida são
prata e ouro, ou madeira e feno?
Eu creio que haverá muitas
surpresas, talvez eu tenha feito algo de bom para alguém que eu nem saiba ou
nem lembre mais, mas talvez eu tenha falado uma frase que não foi para a glória
de Deus, e isso será julgado contra mim. Por isso eu peço a Deus que no
tribunal o julgamento seja pessoal, somente eu e Ele. Sabe por quê? Eu não
quero que você saiba sobre as minhas obras más. Se se tratasse somente das obras
boas, eu não teria medo. Mas acontece que somos humanos, somos falhos, e todos
teremos obras que servirão para a nossa vergonha, obras que não agradaram a
Deus. Sabe aquilo que você faz de bom para alguém e depois expõe nas redes
sociais? Isso se queimará, porque já recebemos a recompensa dos homens no
momento da publicação.
Naquele dia não acontecerá o que
em alguns casos acontece na justiça terrena. Não haverá compra de testemunhas,
não haverá suborno para o julgador, tudo será verdadeiro. Aquele que tudo vê,
inclusive a intenção do coração, estará julgando. Nada fugirá ao seu controle.
Quem poderá enganar o Justo Juiz? Quem poderá subornar o Poderoso Deus? Não
haverá jeitinho brasileiro, não haverá um discurso que
possa mudar o pensamento do julgador, não haverá tempo para fazer diferente,
mas a totalidade dos nossos atos serão expostos e serão julgados com verdade.
Mas também é no tribunal de
Cristo que os crentes fiéis saberão que valeu a pena suportar as aflições, as
perseguições, as lutas, as calúnias, os desertos que serviram para glorificar o
nome do Senhor através de nossas vidas. É lá que a nossa fidelidade, que por
vezes é sem valor aqui, fará a diferença.
Por isso eu digo a você, leitor,
mesmo que o teu trabalho não seja reconhecido pelos homens, mesmo que ninguém
te agradeça pelo que faz pela obra de Deus, lembre-se, o teu trabalho não é vão
no Senhor. No momento de receber o teu galardão das mãos do nosso Senhor Jesus,
você será a pessoa mais feliz do universo, porque você venceu, você está
prestes a entrar para as Bodas do Cordeiro, e viverá para sempre com Deus.
Deus seja louvado!
Pr. Leandro Silva
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