terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Prontos para morrer, mas não para pecar


O texto de Daniel capítulo 3 nos traz um belo relato de obediência a Deus. Três moços foram levados de Jerusalém como prisioneiros para a Babilônia, a cidade mais badalada do momento. Os mesmos que juntamente com Daniel não se contaminaram com os manjares do rei. Misael, Ananias e Azarias eram seus nomes, mas na Babilônia passaram a chamar-se Sadraque, Mesaque e Abede-Nego.
                Na nova vida, eles não perderam as oportunidades de crescimento intelectual e cultural através da educação formal. Assim, tornaram-se pessoas bem sucedidas, tendo sido elevados a superintendentes sobre os negócios da província da Babilônia. Mas em um aspecto não mudaram. Não deixaram que as más influências daquele mundo novo minassem a sua fé em Deus; pelo contrário, buscaram aproximar-se de Deus de forma ainda mais intensa.
                Chega o momento em que Nabucodonosor decide consolidar todas as nações do mundo em uma só, debaixo de uma só religião. Constrói uma estátua para ser adorada, determinando que todos os povos que estavam sob o seu domínio se curvem perante ela. Uma tentativa clara de tirar o foco dos jovens hebreus, que se mantinham fiéis ao Deus verdadeiro desde quando chegaram àquela terra.
                Uma multidão reunida diante de algo lindo. Uma estátua de 30 metros de altura refletindo os raios do sol, música da melhor qualidade, com instrumentos para todos os gostos.
                Nesse culto religioso de Nabucodonosor não havia nada para as almas sedentas. Apenas para os olhos e os ouvidos. Nada para o coração, nada que tocasse profundamente, nada que transformasse vidas. Além disso, a adoração era uma ordem, e não um convite. Era algo forçado, e não um sentimento.
                O inimigo tenta forçar os cristãos a aceitarem o seu tipo de adoração, o seu tipo de música, o seu tipo de culto. E muitos estão caindo na armadilha, utilizando-se das mais variadas justificativas, dos mais variados argumentos, como a necessidade de externar um comportamento “politicamente correto”, ou “me fazer de tolo para ganhar os tolos” etc. Enquanto isso, o Diabo vai minando as vidas com um falso cristianismo, sem sangue, sem cordeiro, sem sacrifício, sem perdão de pecados - consequentemente sem vida eterna -, sem promessas, apenas com belas imagens e belas canções que atraem multidões de corações vazios.
                A decisão de não se curvar perante a estátua não foi algo combinado entre os jovens; foi algo espontâneo, fruto de convicção e fidelidade a Deus. Algo simples para quem vivia havia vários anos em uma terra distante, talvez longe dos familiares, mas perto de Deus. É possível que grande parte dos judeus residentes na Babilônia se curvaram. Mas os três jovens tiveram atitude e coragem para agir diferente em uma sociedade corrompida. Eles sabiam o que estavam fazendo.
                Lá no princípio do livro de Daniel eles já tinham tomado decisão firme de não se contaminar. Agora os três jovens resolvem, firmemente, não se curvar à nova religião do rei.
                Quando se tem experiências com Deus, é mais fácil tomar sábias decisões. Optar pelo Deus verdadeiro sempre é a melhor e mais sábia decisão, não importando o que deverá ser enfrentado, se é a cova ou é o fogo, porque se Deus quiser livrar, Ele vai livrar.
                Deus procura homens e mulheres com essas mesmas atitudes. Que não aceitam a pressão imposta por Satanás aos seus servos, que não se curvam à religiosidade, às belas apresentações, mas buscam preencher o vazio da alma. Homens que tenham experiências com Deus sem ter medo de perder amizades, cargos, empregos.
                Entretanto, para chegarmos a esse nível devemos fazer a diferença, discernindo tudo o que nos rodeia. Veja-se que o mesmo rei que ofereceu iguarias e seus manjares aos três hebreus, foi o que os lançou na fornalha.
                Tomemos cuidado com as ofertas. O mundo não quer o nosso bem. Pode até oferecer algo atrativo, mas o fim é o fogo eterno. Bem disse Jesus: “No mundo tereis aflições, mas tendes bom ânimo, Eu venci o mundo”. Não somos daqui; somos forasteiros em terra estranha, e precisamos levar conosco o sentimento de estar sempre prontos para morrer. Mas nunca para pecar contra Deus.
Pr. Leandro Silva

2 comentários:

  1. Saudações de paz.

    Belo texto e excelente reflexão.


    Abraços.

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  2. Muito bom gostei do blog e das palavras vou acessar mais vezes

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